Repercussão: IV Congresso

O IV Congresso Brasileiro de Publicidade conseguiu um feito muito importante: uniu em torno de um mesmo debate a antiga geração e a nova geração de publicitários, o que faz com que as idéias discutidas sejam seguidas por muitos e muitos anos.

Percebeu-se, pela exposição dos painelistas, uma preocupação muito forte de se evitar interferências externas, políticas ou governamentais na atuação de instituições do mercado, como o Conar, o Cenp e as associações de meios de comunicação, entre as quais a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), da qual sou um dos representantes.

O evento foi de extrema importância para o mercado nacional. Demonstrou que empresas e profissionais buscam os mesmos caminhos para os mesmos fins, ou seja, o fortalecimento do atual modelo de negócios que rege a atividade publicitária no país. Esse modelo, além de ser o mais apropriado para o Brasil, é considerado por empresas multinacionais como um exemplo de excelência. Ele não tem a participação das agências/bureaus de mídia, pois conta com as agências de publicidade dotadas de ferramental adequado e atualizado para realizar planejamento e compra de mídia.

Houve uma defesa muito forte da liberdade de expressão comercial e editorial dos veículos de comunicação, o que é associado ao atual modelo de negócios do mercado brasileiro. Ou seja, esse modelo fortalece a atuação independente dos meios de comunicação.

* Ênio Vergeiro é diretor responsável da revista Piauí, presidente da Segunda Câmara do Conar e Diretor da Comissão de Publicidade da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner).