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Luciano Traldi (Hotel Filmes)
Só posso dar a opinião de dono de produtora.
O que posso dizer, além de parabenizar a todos os envolvidos nas comissões, é que me parece que questões mais espinhosas com relação às produtoras de imagem continuam a ser colocadas num canto.
Por exemplo: passadas 2 horas do final do Congresso, fui consultado por uma agência de propaganda (presente ao Congresso) que queria orçar um projeto conosco, mas já saiu avisando que o cliente só paga em 100 dias (!).
Essa situação é muito mais comum e corriqueira do que se imagina.
Não são raras as vezes que o cliente nem avisa anteriormente. A produtora orça, manda a carta-orçamento, prepara o faturamento e no dia do referido começam os pedidos de prorrogação.
Obviamente este texto não tem a intenção de dar a entender que esta prática é generalizada e única no mercado.
Mas é cada vez mais presente, às vezes inclusive vinda de anunciantes poderosos.
Se as agências e seus clientes acham que é possível para as produtoras segurar os pagamentos de equipe, equipamento e principalmente impostos, vou esclarecer: não, não é possível.
Se é realmente chegada a hora de revermos conceitos, valores, prazos e qualidade por que não colocamos na mesa esse tema também?
Volto a dizer que parabenizo todos os envolvidos no IV Congresso, fiquei muito feliz em ver o tema proposto (mesmo que retirado do texto final) pelo Sr. Roberto Duailibi, que de forma mais ou menos compreendida mostrou um enorme respeito pelos fornecedores especializados.
Tenho ainda a certeza de que este Congresso dá ainda mais importância para a realização do próximo Fórum de Produção e, quem sabe agora, todos os signatários levem em consideração os temas que já haviam sido propostos no II e III Fórum.
Seria importante que clientes e agências compreendessem que os contratos acordados nos Fóruns dão maior segurança para todos; que o reconhecimento dos direitos autorais, de imagem e conexos fazem parte da realidade das Leis Brasileiras; que o prazo de pagamento tem de ser respeitado. Sejamos parceiros sim, mas da forma mais saudável possível.
Para que as produtoras de imagem possam continuar vivas e saudáveis, elas não podem financiar com seus recursos a produção dos clientes.
Quero sim ser cada vez mais competitivo e entregar cada vez mais e melhores filmes.
Luciano Soares Traldi - Sócio e Produtor Executivo - hotel:filmes
Comentários
Lilian Bueno - Realmente não é possível segurar pagamento de honorários e impostos, financiar jobs para clientes de peso das agências. Porém é o que acontece, e ninguém comenta esses fatos, ninguém sabe, ninguém viu. Depois de pagarmos a conta ainda temos que encarar a indiferença e o descaso quando cobramos o que nos é devido. Pior que esperar, é esperar e não receber. Não pagar é muito feio!
Katia B. - Este problema que vc cita integra a tese numero 5 da comissão de prestadores de serviços. Mas claro, é sempre bom reforçar. parabens pelo comentario, que é dificil de fazer, mas real.
http://www.clubedecriacao.com.br/index.php?pagename=redirect&posttype=ultima&previous_id=33167
Thomas Roth - Caro Luciano. Temos trabalhado há meses, na Aprosom, no Sindsom, junto `a Apro, a Abap, ao Secom, entre outras entidades. Temos sofrido sim todos os problemas apontados por vc, o não pagamento ou, no mínimo, o atraso de muitos meses do mesmo (que tem sido cada vez mais frequente), o desrespeito a leis, normas, praxes, entre tantas questões. Mas, nas reuniões de preparação do IV Congresso, não haveria tempo hábil pra aprofundarmos tudo e entendemos que algumas questões deveriam ser discutidas nestes próximos meses no Forum de Produção (data a ser confirmada em breve), porque grande parte desses problemas podem e devem ser equacionados nesta esfera. Se fossemos levar para o Congresso todos os nossos pleitos, questionamentos e problemas, acabariamos "travando a pauta". Para que esta semente que foi plantada vingue, acho importantíssimo que todas as entidades continuem mobilizadas, participem e realmente criemos um canal de discussão franca e transparente pra gente poder caminhar pra frente, crescer e resolver, de fato, os problemas que nos afligem. Que não são poucos. Mas a gente tem que trabalhar para isso.