Reposicionamento

Na mesma semana em que anunciou a compra da operação brasileira da marca Mizuno (leia aqui), a Vulcabras Azaleia fecha mais um negócio no setor. A empresa licenciou a Azaleia para a Grendene, em um acordo válido por três anos, renovável por igual período. Com isso, foca 100% no esporte.

“Licenciamos a Azaleia para nos dedicarmos totalmente ao desenvolvimento do mercado de esportivos, uma vez que o mercado feminino não estava mais em sinergia com nossa estratégia. A partir de agora, vamos colocar todos os nossos esforços nas nossas três marcas do setor buscando ainda mais performance e eficiência”, declarou Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras Azaleia.

O acordo com a Grendene permite que ela produza, venda e se encarregue do design de produtos no Brasil e no exterior, exceto no Peru, Chile e na Colômbia. Nesses países, a Vulcabras continuará distribuindo e comercializando os calçados femininos por meio de suas subsidiárias e sua franqueada (caso do mercado chileno). Mas o abastecimento de produtos para essas regiões ficará a cargo da Grendene.

A companhia informou, em fato relevante divulgado na quinta-feira (24), que a venda dos produtos da marca gerou receita operacional líquida de RS$ 132 milhões no ano passado (excluindo-se os resultados das subsidiárias peruana e colombiana e da franquia no Chile). A remuneração pelo uso da marca será paga pela Grendene com base em percentual da receita mensal dos produtos.

Na segunda-feira 21, Vulcabras e Alpargatas informaram ao mercado a negociação do controle da Mizuno no Brasil, que teve um faturamento aproximado de R$ 444 milhões em 2019. A Vulcabras é dona da Olympikus, maior marca esportiva brasileira, e gestora, desde 2018, da Under Armour.

Com a Mizuno no portfólio e com o licenciamento da Azaleia,a companhia inicia uma nova era em sua trajetória, que se aproxima de 70 anos “Há tempos, a Vulcabras vem investindo no esporte e com as aquisições da Under Armour e agora da Mizuno fica com um portfólio bastante completo, que terá dedicação total das suas modernas fábricas e do seu Centro de Desenvolvimento e Tecnologia. Dessa maneira, formalizamos o segmento esportivo como nosso negócio único”, completou Pedro.

Dijean, outra marca do portfólio da Vulcabras, terá sua produção pausada por não estar alinhada à nova estratégia da companhia. Opanka e Botas Vulcabras permanecem como estão, por ora.