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Brasil Foods propõe vender cadeias completas
A BRF (Brasil Foods) se dispõe agora a vender ativos que vão de abatedouros a centros de distribuição, passando por indústrias e marcas, com o objetivo de evitar o veto do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) à fusão entre Sadia e Perdigão.
A ideia é montar cadeias completas de produção, para permitir que quem comprar esses ativos possa concorrer imediatamente com as marcas principais, informa a Folha.
Entre os segmentos que serão atingidos estão congelados, pizzas, pratos prontos e embutidos, em que a concentração de mercado da BRF chega a 90%.
Segundo a Folha, no caso de empanados de frango, por exemplo, poderiam ser vendidos abatedouros de aves, frigoríficos, fábricas e marcas como a Rezende, que já atua nesse segmento, e outras, como Batavo, Confiança e Wilson.
A empresa também está disposta a vender alguns centros de distribuição e compartilhar outros, além de abrir mão de contratos de exclusividade firmados com empresas de logística terceirizadas.
A Folha apurou que alguns integrantes do Cade consideraram a oferta insuficiente porque não toca nas marcas principais: Sadia e Perdigão.
O argumento é que, mesmo com insumos, fábricas e centros de distribuição, o novo concorrente não teria força para tirar mercado de uma das duas marcas.
Os conselheiros admitem, porém, que houve uma melhora significativa em relação ao que a BRF tinha proposto.
O negócio deve ir a julgamento no Cade no dia 13. "Estamos trabalhando intensamente para chegar a um acordo", afirmou o presidente da BRF, José do Prado Fay.
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