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Salve Bike

Designer mineiro propõe bicicleta-ambulância. Espie

28.11.13


O recém-formado designer Gabriel Delfino de Araújo, de 24 anos, assina um projeto chamado "Salve Bike", por meio do qual transforma uma bicicleta em ambulância.



Colaborador da distribuidora LM Bike, o profissional desenvolveu projeto de conclusão de curso que torna mais viável o pronto atendimento aos acidentes em que o deslocamento de um veículo motorizado se revela quase impossível, devido ao trânsito cada dia mais engarrafado das grandes metrópoles.



O projeto é resultado de um ano de pesquisa junto a bombeiros, paramédicos e funcionários de unidades de pronto atendimento.



“Minha ideia foi criar uma solução rápida, barata, ecologicamente correta, que pode tranquilamente usar os corredores entre os veículos ou até as ciclovias para chegar aos acidentados”, afirma o autor do projeto.



A Sense Eletric Bike, empresa nacional no segmento de bicicletas elétricas, é uma das principais apoiadoras do projeto. “É muito importante para a Sense incentivar meios para amenizar o caos no trânsito. Então, imagine conseguir fazer isto e ainda salvar vidas”, comenta Caio Ribeiro, executivo de vendas da marca.



“A geometria e as medidas do modelo Breeze da Sense são ideais para a Salve Bike. Além disso, outros benefícios como o baixo custo de manutenção, baixo nível de poluição do ar e sonora e, principalmente, o fato de ser um veículo que mantém a atividade esportiva mas reduz significantemente o esforço físico, graças a tecnologia do pedal assistido, foram determinantes na escolha deste veículo em detrimento de outras opções no mercado”, afirma Araújo.



Para ele, alguns números reforçam a bicicleta elétrica como uma solução viável para os atendimentos de primeiros socorros. “Uma ambulância totalmente equipada custa em média R$ 200 mil. Enquanto a bicicleta elétrica, com os equipamentos básicos de socorro, incluindo desfibrilador, cilindro de oxigênio, talas e colete cervical, entre outras coisas, tem uma estimativa de preço em torno de R$ 10 mil. Isso sem contar os custos mensais de manutenção de um veículo motorizado, os gastos com motoristas, o preço do combustível, entre outros”, defende o designer.



“A ambulância não chega para quem realmente precisa porque infelizmente temos um número incompatível de veículos para atender a população. Portanto, este projeto pode ajudar no atendimento principalmente em curtas distâncias, em que o acidentado precisa urgentemente dos primeiros socorros, que são realmente importantes para a garantia de sua vida. Posso afirmar, a partir das minhas pesquisas, que cerca de 35% dos atendimentos acontecem com o socorrido sendo liberado no próprio local do acidente. Sem contar o número de trotes que é altíssimo neste tipo de serviço e o consequente gasto que a ambulância convencional tem para atender alarmes falsos”, conta Araújo.



A bicicleta é composta, basicamente, por cinco alforjes feitos em fibra de vidro, devido à viabilidade inicial de custos, com uma proteção em borracha para possíveis impactos. Internamente, os equipamentos de socorros são acomodados sobre espuma de poliuretano vegetal e um sistema de vedação que mantém tudo fechado hermeticamente, evitando possíveis contaminações do ambiente.



Até a sirene da ambulância tradicional está no projeto. Há sinais sonoros e luminosos, por toda a bike, para ajudar na identificação do veículo.



O designer vai apresentar a ideia para órgãos públicos que prestam serviços de atendimento.


Salve Bike

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