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TikTok vai bloquear uso de filtros de beleza por menores de idade
Os filtros de beleza nas redes sociais há muito tempo vêm impactando a saúde mental de usuários, em especial de crianças e adolescentes, que acabam convivendo com parâmetros estéticos irreais nesses ambientes e sentindo as frustrações de tentar atingir padrões inalcançáveis, o que pode acarretar em depressão, baixa autoestima e ansiedade, entre outros problemas significativos.
Neste contexto, a rede social de vídeos curtos TikTok anunciou a adoção de uma nova política que proíbe menores de 18 anos a acessar filtros que alteram artificialmente características faciais.
As novas medidas serão adotadas primeiro no Reino Unido e, em seguida, globalmente pela plataforma, nas próximas semanas. Recursos como o Bold Glamour, por exemplo, que alteram a aparência de uma pessoa de maneira a oferecer lábios mais carnudos ou olhos maiores, serão bloqueados. No entanto, filtros lúdicos, como aqueles que adicionam elementos como orelhas de coelho, continuarão disponíveis para menores de idade.
O anúncio foi feito na semana passada, durante um fórum de segurança em Dublin (Irlanda), sede europeia da empresa. Christine Grahn, head de políticas públicas do TikTok, destacou que a iniciativa visa tornar o aplicativo "um espaço mais seguro para os jovens".
Como parte da estratégia de proteção às crianças e adolescentes, o TikTok promete também fornecer informações sobre como os efeitos dos filtros efetivamente alteram a aparência do usuário, de modo que os usuários em breve possam entender melhor o que é real e o que foi ajustado.
A empresa também anunciou um plano para utilizar inteligência artificial para garantir que crianças menores de 13 anos não accessem a plataforma, que informa já remover "milhões de contas a cada mês" por suspeitas de violações de idade, mas agora está explorando novas maneiras de usar learning machine para ajudar a identificar essas contas de forma mais eficaz. Uma vez sinalizada pelo algoritmo, um moderador confirmará se a conta pertence a um usuário menor de idade.
O desenvolvimento dessas medidas ocorre em meio à preocupação crescente de reguladores e defensores da segurança infantil sobre como a mídia social afeta a saúde mental dos usuários jovens.
O tema foi discutido durante a edição de 2024 do Festival do Clube de Criação, no painel "Como proteger crianças e adolescentes das redes sociais?", que trouxe importantes dados e informações, acompanhados de ideias e pontos de vista de especialistas sobre o assunto.
No debate, foi citada uma pesquisa encomendada pelo Instituto Alana ao Datafolha, que apurou que nove em cada 10 brasileiros acreditam que as empresas não fazem o suficiente para proteger crianças e adolescentes no Brasil; oito em cada 10 acreditam que as leis brasileiras protegem menos as crianças e adolescentes brasileiras que outros países; que três quartos da população concordam que crianças e adolescentes passam muito tempo nas redes sociais e 92% consideram muito difícil que crianças e adolescentes se defendam sozinhos das violências e dos conteúdos inadequados para a sua idade na internet. leia mais sobre o painel aqui.