Sucessão

Com um discurso breve, Paulo Marinho, neto de Roberto Marinho, assumiu nesta terça-feira, 01, a presidência da Globo, após um breve período de transição. Conforme divulgado em outubro pela companhia, ele passa a ocupar o posto que vinha sendo exercido por Jorge Nóbrega desde 2017 (reveja aqui).

Na ocasião, foi anunciado que, além do novo papel de Paulo Marinho – até então diretor de Canais da Globo –, João Roberto Marinho, presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, assumiria a presidência da holding, que também estava sob a liderança de Nóbrega. Ele não desempenha mais os cargos, mas continua integrado ao Conselho de Administração.

Comunicado da companhia, na época, dizia que a substituição, planejada havia algum tempo, faz parte da jornada de profunda transformação digital da empresa. Esse processo foi iniciado por Nóbrega em setembro de 2018 e estará a cargo de Paulo Marinho a partir de agora.

De acordo com o Notícias da TV, em seu pronunciamento, o novo presidente da Globo afirmou que deseja manter a Globo como o veículo de comunicação mais relevante para os brasileiros. Paulo Marinho declarou que a era dos streamings é desafiadora, porém a companhia está se preparando cada vez mais para competir com as gigantes da tecnologia.

Desde 1998, o executivo vem atuando em diferentes empresas do grupo, tendo sido coordenador de Conteúdo e Marketing no Sistema Globo de Rádio, diretor dos canais infantis Gloob e Gloobinho, da VIU Hub, e diretor-geral de Canais e Conteúdo da então Globosat. De 2020 até janeiro de 2022, foi o responsável pelos canais de TV aberta e por assinatura e também pela rede de afiliadas da Globo.

Paulo Marinho recebe o comando de uma gigante da mídia que reúne a TV Globo; 26 canais de TV por assinatura; o Globoplay; e serviços e produtos digitais, como o G1 no jornalismo, o GE.globo no esporte e o Gshow no entretenimento. Seu jornalismo líder de audiência produz mais de três mil horas de notícias todos os anos e dos seus estúdios, que integram o maior e mais moderno complexo de produção de conteúdo da América Latina, saem outras três mil horas anuais de entretenimento. No esporte, é uma das maiores detentoras de direitos de transmissão do mundo.

A Globo informa ainda que detém uma das maiores bases de dados sobre o consumidor brasileiro, com mais de 110 milhões de Globo IDs e mais de 10 bilhões de registros diários do que os usuários fazem em suas propriedades.