++Super Bowl 2024

O eMarketer faz cinco apostas envolvendo marcas a respeito do que poderemos ver no Super Bowl LVIII, que irá acontecer no dia 11 de fevereiro, com a decisão entre Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers, em partida disputada no Allegiant Stadium, em Las Vegas. Algumas campanhas que serão exibidas nos intervalos da final da NFL já são conhecidas, mas o público fica de olho nos filmes mesmo assim, alimentando as redes sociais com comentários sobre as estratégias dos anunciantes.

Além desses comerciais, os torcedores estão na expectativa de ver na telinha a cantora Taylor Swift, namorada de Travis Kelce, jogador do Kansas City Chiefs. A possível aparição da artista promete elevar a audiência do Big Game.

Para o eMarketer, fora a curiosidade em torno de Taylor Swift, o Super Bowl deste ano deverá chamar atenção pela transmissão dividida do jogo, inclusive com uma versão "alternativa", e por algumas mudanças de estratégias das marcas que vão surgir no break.

Confira as cinco apostas do eMarketer para a final da NFL:

1. A maior marca do Super Bowl 2024 pode ser Taylor Swift – A cantora foi vista em partidas recentes do Chiefs na torcida pelo namorado. O Apex Marketing Group estima que a artista criou um “brand value” de US$ 331,5 milhões para o time e para a própria liga. Três companhias aéreas (United, American e Southwest), por exemplo, criaram ações com o tema Taylor Swift e Travis Kelce, com números de voo como 1989 (referência a um álbum da cantora) e 87 (camisa do jogador). A presença da super estrela pop no estádio não está confirmada. Ela irá se apresentar em Tóquio na noite anterior à decisão. Se Taylor Swift aparecer no jogo, é certo que as câmeras vão buscar suas reações.

2. Transmissão dividida do jogo nos EUA não será tão simples – O Super Bowl deste ano será visto pelo público norte-americano na CBS ou por uma plataforma de streaming, o Paramount +. A empresa também contará com o que chama de “primeira transmissão alternativa do Super Bowl”: será no Nickelodeon, uma estratégia para atrair o público mais jovem. Isso pode significar que as crianças e os pais dessas crianças talvez não acompanhem a mesma partida, por assim dizer. A versão “alternativa” não poderá ser vista no serviço de streaming e nem pelo aplicativo do canal. A razão é que a Paramount está encerrando o app da Nickelodeon nesta semana. Ou seja, para que a garotada acompanhe o Big Game na transmissão feita para ela a opção será a TV linear ou pelo canal da Nickelodeon no YouTube.

3. Cerveja investirá no “básico” – Embora muitos anunciantes considerem o Super Bowl um momento para inovar, Budweiser e Bud Light devem seguir uma linha “back to the basics”, na visão do eMarketer. A primeira irá apresentar seus icônicos Clydesdales, raça de cavalos já conhecidas de outros comerciais da marca. Já em relação à Bud Light, parte do público ficará de olho no que ela fará após a campanha com a “influenciadora” trans Dylan Mulvaney em abril do ano passado, que gerou muita polêmica e reações negativas – e agressivas – de consumidores conservadores, a ponto de a empresa trocar a liderança de marketing da cerveja (leia aqui). O filme da marca para este Super Bowl parece estar dirigido para algo mais “tradicional”. A campanha promete trazer “um novo personagem” para o universo da cerveja. O teaser mostra brevemente um homem misterioso, de óculos escuros e de bigode (mais detalhes das campanhas aqui).

4. Mais criatividade para as campanhas de marcas B2B e de finanças – O Super Bowl, mais uma vez, estará repleto de campanhas para empresas de serviços B2B ou de finanças pessoais. A E-Trade entra no intervalo comercial pelo quarto ano consecutivo, TurboTax está completando 11 anos consecutivos e o comercial do SquareSpace será seu décimo filme no Big Game – e tem a direção de Martin Scorsese. As peças desse segmento devem explorar conceitos mais criativos para falar de ferramentas que não estão associadas ao entretenimento. Trata-se de uma tendência de marcas B2B, que sabem que seu público-alvo é constituído de empresários e lideranças de negócios, mas que reconhecem que eles também são consumidores. Ou seja, isso significa que seus comerciais devem ser mais voltados para o consumidor.

5. Estranhas atitudes de celebridades ou marcas – Esta deveria ser uma regra para os dias que antecedem o Super Bowl: é preciso ser cético em relação a qualquer ação bizarra de marcas ou celebridades em janeiro. É possível que seja uma estratégia adotada para uma campanha que irá ao ar no dia do Big Game. Em 2020, Planters, marca da Kraft Heinz, anunciou a morte de seu centenário mascote, Mr. Peanut, mas depois ele renasceu (reveja aqui). No ano passado, M&M’s "decidiu" pela aposentadoria de seus mascotes, os confeitos coloridos, para substituí-los pela comediante Maya Rudolph. Porém eles retornaram no dia do jogo. Um vídeo viralizou recentemente mostrando a modelo Tyra Banks em uma partida da NBA. Ela estava sentada entre dois mascotes peludos que estavam “se pegando”, provocando expressões em Tyra que sugeriam espanto – e isso repercutiu nas redes sociais. Pode ser algo preparado para uma campanha? A ver.

Serviço:

Super Bowl 2024 - Kansas City Chiefs x San Francisco 49ers
Local: Allegiant Stadium, em Paradise, Nevada (EUA)
Data: 11 de fevereiro de 2024
Horário: 20h30 (horário de Brasília)
Show do intervalo: Usher
Onde assistir no Brasil: TV aberta - RedeTV!, TV por assinatura - ESPN, streaming - Star+ (canal da ESPN) e Dazn (Game Pass)
Onde assistir nos EUA: broadcast - CBS e Univision (espanhol), TV por assinatura - Nickelodeon, streaming - Paramount+, Vix (espanhol) e NFL+/NFL.com/NFL app