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28% têm conhecimento sobre Rio+20
A agência de pesquisa Hello Research, em parceria com a Humanitare, instituição responsável por promover as ações da Organização das Nações Unidas e aproximar a sociedade civil da ONU, anunciam os resultados de pesquisa oficial de recall de imagem da Rio+20 e de questões relativas à sustentabilidade.
Entre os dias 24 de maio e 03 de junho de 2012, foram entrevistados 1360 brasileiros, da regiões Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A pesquisa foi conduzida face a face com entrevistas realizadas em 70 cidades do país.
A proposta do estudo consistiu em avaliar o que os brasileiros entendem sobre a Rio+20 e sua importância. Mais do que isso, queríamos entender se o tema desenvolvimento sustentável já faz parte do dia a dia dos brasileiros., afirma Jair Gagliego, chairman da Hello Research.
Do total de entrevistados, cerca de 28% conhecem ou, ao menos, já ouviram falar da Rio + 20. Quem mais conhece sobre o assunto são os homens (31% versus 25% de mulheres), os jovens e as pessoas de maior escolaridade (72% das pessoas que possuem ensino superior completo conhecem a Rio + 20), classe e renda (72% da classe A).
Como anfitriões do evento, os cariocas também se destacam no assunto (53%), mas, apesar de terem ouvido falar, a maioria não sabe ao certo do que se trata e há muita confusão com Olimpíada, Copa e demais eventos esportivos, segundo o estudo. Em São Paulo, o número de pessoas que dizem conhecer a Rio + 20 cai para 28%.
A região Sudeste tem o melhor índice de conhecimento (36%), seguida pelas regiões Centro-Oeste e Norte, estatisticamente empatadas com 30%.
Das pessoas que disseram conhecer o evento, mais da metade (52%) não soube afirmar ao certo do que se trata: 60% das mulheres não souberam responder e 55% dos homens, ao contrário, souberam. Dos entrevistados com menor grau de escolaridade, mais da metade não soube dizer nada sobre.
Ainda dos que conhecem algo, 29% disseram ser Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável; 8% disseram ter referência ao meio ambiente; 2% à sustentabilidade/reciclagem; e 3% fizeram menções à eventos esportivos.
Sobre desenvolvimento sustentável, 43% disseram conhecer ou já ter ouvido falar; e 76% dos entrevistados com ensino superior disseram conhecer ou ter ouvido falar de desenvolvimento sustentável.
Entre os mais jovens, um em cada dois sabe sobre o assunto. Foi animador perceber que 50% dos jovens conhecem sobre desenvolvimento sustentável. Número muito bom se comparado com pesquisas oficiais realizadas anteriormente. Aí é questão de critério: vão ter aquelas pessoas que preferem ver o copo meio vazio, já que metade não sabe do assunto. Eu prefiro ver o copo meio cheio e, principalmente, o quanto ele vem se enchendo a cada dia, declara Davi Bertoncello, sócio e vice-presidente de planejamento da Hello Research.
Dos que conhecem e já ouviram falar de sustentabilidade, 39% não souberam definir ao certo o que é o desenvolvimento sustentável. Quanto menor a escolaridade, maior o percentual de pessoas que não sabem definir. A mesma situação vale para renda: quanto menor a renda familiar, maior a porcentagem de pessoas que não sabem definir.
Dos que sabem bem sobre o assunto, 40% disseram que o desenvolvimento sustentável significa Crescimento econômico, respeitando meio ambiente e sociedade.
Esse é um dos dados mais interessantes da pesquisa, revela que as pessoas já conseguem articular três das dimensões envolvidas no conceito de desenvolvimento sustentável econômica, ambiental e social. Já não se limitam meramente ao aspecto da proteção ao meio ambiente. Isso é um indicador que confirma que as ações para a promoção do tema sustentabilidade têm tido sucesso, comenta Luci de Oliveira, professora e pesquisadora da Fundação Getulio Vargas do RJ, que foi consultora da pesquisa.
A pesquisa também reproduziu aos brasileiros a pergunta tema da Rio+20 O Futuro que Queremos ou, em linhas gerais, em que mundo queremos viver com nossos familiares e amigos em 2032.
"Paz "é o atributo mais mencionado, citado por 29% dos entrevistados, seguida por "saúde", com 15%. O que mais chama a atenção é que os números seguem uma tendência de hierarquia de necessidades maslowniana: entre as pessoas mais simples e mais idosas, cresce o desejo pelo atributo saúde. Já entre as pessoas de poder aquisitivo maior (que, em tese, já têm esse direito assegurado) o atributo paz é disparado o mais lembrado, analisa Bertoncello.
Apenas 5% dos entrevistados mencionaram aspectos relacionados à sustentabilidade e ao desenvolvimento sustentável do planeta, referindo-se a um mundo preservado, equilibrado e menos poluído.
A principal mensagem que a pesquisa deixa clara é que para um futuro mais 'verde' e sustentável - onde as pessoas considerem e entendam os valores da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável, é preciso investir mais em educação: as pessoas de maior escolaridade foram as que mais mencionaram preocupações relacionadas à sustentabilidade do planeta e do local em que vivem, e também as que mais estão antenadas com os acontecimentos e debates que a Rio+20 busca promover, completa Luci.