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Jibo: inteligência artificial sócio-emotiva
Uma das palestras que mais tem gerado buzz aqui no SxSW é a da cientista Cynthia Breazeal, diretora da divisão de Personal Robotcs do MIT Media Lab e fundadora da Jibo, marca/nome de um robozinho que está na pauta do dia.
A cientista trabalha para criar uma linha de robôs humanizados, ou seja, que conheça a família e o ambiente onde vive. Ou seja, responder corretamente às suas perguntas, como tenta por exemplo fazer a Siri, do iPhone (quase sempre sem sucesso), seria apenas uma de suas funções. "A ideia é construir uma conexão entre as pessoas e seus robôs: não tão grande como o amor que temos por nossos cachorros, por exemplo, mas nem tão insignificante como o que sentimos pelo nosso microondas", pondera.
Cynthia faz questão de frisar que a função do Jibo não é fazer serviços domésticos. Para isso, já existem máquinas altamente gabaritadas. "Ele entra em cena para ser uma companhia, para ajudar o seu filho a resolver um problema de matemática, para lembrar o seu pai do horário de tomar remédio, para funcionar como câmera de segurança e muito mais", afirma.
Ela acredita que as possibilidades são inúmeras e sua empresa irá abrir alguns códigos do robô para que desenvolvedores comecem a criar aplicativos, turbinando ainda mais as capacidades do Jibo. "Teremos uma Jibo store, ou seja, dessa forma, as pessoas poderão personalizar o seu robô", explica.
O termo que ela usou com frequência em sua apresentação nesse South by Southwest foi "inteligência artificial socio-emotiva". Ou seja, o conceito não tem como base as emoções do robô, mas se refere à capacidade que ele tem de realizar interpretações emocionais e sociais das pessoas em sua volta.
Cynthia acredita que a era dos robôs pessoais está próxima, pois estamos vivendo em uma sociedade onde a maioria já se sente confortável em interagir com a tecnologia. "Falamos com nossos telefones e eles nos respondem. E ninguém mais se incomoda com isso", afirma.
O robozinho Jibo, que não veio ao festival, chamou atenção de investidores do mundo todo devido ao sucesso que fez no lançamento de sua campanha de crowdfunding, no Indiegogo, ano passado (aqui). Na época, a startup levantou 2.3 milhões de dólares e realizou a pré-venda de 4.800 unidades. É a campanha de maior sucesso já realizada ali.
No começo do ano, o MIT anunciou que havia conseguido levantar um total de 25.3 milhões de dólares, numa nova rodada.
Hoje, as marcas que apostam financeiramente no projeto são RRE Ventures, Samsung Ventures, CRV, Flybridge, Fairhaven, Two Sigma, Formation 8 e Osage.
O maior desafio, segundo a palestrante, é o custo. Independentemente de serem fofos, espertos ou acolhedores, se eles não tiverem um preço acessível, não terão lugar em nossos lares", finaliza.
Assista palestra de Cynthia Breazeal aqui.
O Clubeonline está no SxSW 2015.
A cobertura é um oferecimento da BorghiLowe, DM9DDB, FCB Brasil e HungryMan.
Leia anterior sobre SxSW aqui.
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