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Zuckerberg em defesa de seu novo mundo
Participação anunciada com o SxSW já acontecendo, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, apareceu virtualmente no festival. Em uma sessão em que foi entrevistado pelo empreendedor Daymond John, um dos investidores do programa Shark Tank, o cofundador do Facebook “veio” ao festival como se estivesse respondendo às críticas feitas ao metaverso em si e a sua visão dessa tão falada nova fase da internet.
Desde que transformou, em outubro do ano passado, a companhia em Meta e anunciou seu novo posicionamento, quando declarou que espera que sejam vistos como uma empresa de metaverso (reveja aqui), Zuckerberg tem sido visto, grosso modo, como uma espécie de porta-voz do conceito. Mas, como já foi destacado no SxSW, existem variadas definições. E algumas não conquistam carinhas felizes.
O ex-presidente da Nintendo das Américas, Reggie Fils-Aimé, revelou na conferência que “não compra a ideia” que Zuckerberg tem sobre metaverso. Ele também afirmou que não vê a Meta como uma companhia inovadora (leia aqui). O guru e “profeta crítico” do Vale do Silício Scott Galloway, por sua vez, disse que os óculos de realidade virtual devem flopar – e junto o device da Meta. Além disso, ele apontou o risco de esse novo mundo virtual nos distanciar do que “há de mais recompensador na experiência humana, que são as relações interpessoais” (confira aqui).
No painel “Into the Metaverse: Creators, Commerce and Connection”, Zuckerberg voltou a confirmar sua crença no conceito e disse que o metaverso será a parte mais importante do que o Meta faz. Para a plateia do SxSW, ele definiu a proposta lembrando que Facebook e Instagram são plataformas sociais para os usuários se conectarem. O metaverso, em suas palavras, é um ambiente social onde as pessoas podem se encontrar por motivos profissionais, de entretenimento ou para estabelecer suas relações pessoais.
Segundo Zuckerberg, a característica definidora do metaverso é que você se sente presente com outras pessoas ou em outro lugar. E, mais uma vez, ele cravou que estamos tratando do novo capítulo da internet. Mais precisamente: o metaverso é o sucessor da internet móvel.
Esse novo mundo será uma espécie de “Santo Graal das experiências sociais”. Para Zuckerberg, não é algo que possa ser construído sozinho por uma empresa. O que eles estão fazendo, afirmou, é ajudar a estabelecer esse novo capítulo ao desenvolver algumas tecnologias fundamentais para dar vida ao metaverso. “Uma das tendências que tenho visto desde que comecei, em 2004, foi que as pessoas sempre estão basicamente procurando compartilhar suas experiências e vivenciar as experiências de outros da maneira mais rica possível. A tecnologia permite que eles façam isso facilmente”.
A expectativa dele é conseguir que a tecnologia da Meta é que faça isso pelas pessoas. Roblox e Epic Games, dona do Fortnite, estão fazendo um bom trabalho, admitiu. Mas Zuckerberg não acredita que metaverso seja sobre games. O que diferencia sua abordagem? “Somos uma empresa social. Construímos tecnologia para ajudar as pessoas a interagir e isso molda nossas decisões de design. Falei em nossa conferência Connect, no ano passado, sobre como estamos trabalhando em headset de VR de última geração e de como queremos que ele garanta que irá rastrear o que estou fazendo. A razão para isso é porque consideramos importante que seja realista o contato na realidade virtual. Você se sentir na experiência em pessoa é uma das partes mais importantes”, explicou.
Porém ele não descarta fazer parcerias com essas companhias. “Elas estão fazendo um ótimo trabalho. Estão criando inovações únicas. São empresas com as quais esperamos construir padrões para garantir que tudo isso seja interoperável. O metaverso precisará de muitas abordagens diferentes, não apenas de empresas de software, de hardware e de chips. Este será um grande impulso para toda a indústria”, completou.
A participação de Zuckerberg, como se nota, esteve muito focada em falar do que a Meta está fazendo e de como o novo mundo que estão construindo será "incrível" para as pessoas e para as marcas (o painel não ofereceu maiores riscos para o executivo). Mas ainda falta muito a fazer. Como destacou, há um monte de questões técnicas para resolver. Ele falou dos desafios – e um deles será tornar acessível o device, já que hoje o headset está longe da realidade de muita gente.
Instragram e NFTs
Outro ponto se refere à construção de bens digitais. Porque a Meta trabalha para que eles possam ser vendidos digitalmente. Uma das revelações dele foi que os usuários do Instagram em breve vão poder ter suas NFTs. “Estamos trabalhando para trazer NFTs para o Instagram no curto prazo”, afirmou. Mas não apresentou mais detalhes porque a novidade ainda “não está pronta” para ser anunciada.
Zuckerberg também contou que seu desejo é que as roupas de avatar no metaverso também possam ser cunhadas como NFTs, o que já acontece com outras empresas. Como isso vai ser negociado no novo mundo de Zuckeberg ainda é uma incógnita. A companhia tentou criar sua criptomoeda – a Libra, que depois virou Diem –, mas em janeiro mudou de estratégia, vendendo o projeto para uma fintech americana e encerrando um esforço que durava mais de dois anos.
Vale ressaltar que o CEO da Meta iniciou sua apresentação falando da invasão russa sobre a Ucrânia. A Rússia bloqueou o acesso da população ao Facebook e ao Instagram. "Temos equipes trabalhando para tentar garantir que nossos serviços estejam disponíveis e que as pessoas possam permanecer conectadas durante esse período", disse, compartilhando seu apoio à população da Ucrânia.
O Clubeonline está no SxSW 2022 por conta do patrocínio de Africa; Arena; Beats; Chucky Jason; Live; Mutato; Netza&cossistema; New Vegas; 99; Publicis Brasil; Smiles e Soko.
Leia anteriores valiosas sobre o evento aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.