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SXSW 2023

É injusto que a pessoa comum tenha de 'virar' expert em privacidade

13.03.23

Em sua segunda vez no SXSW – a primeira foi em 2018 –, a ativista e ex-analista de inteligência do exército norte-americano Chelsea Manning expressou sua preocupação com o avanço das redes sociais, entre elas o TikTok, e o potencial de risco para a proteção de dados. Ela se tornou famoso ao vazar para o site WikiLeaks uma série de documentos relativos a abuso contra direitos humanos, entre outras denúncias, nas guerras dos EUA contra o Iraque e o Afeganistão. Foram cerca de 750 mil documentos.

Chelsea, que é também ativista trans, cumpriu pena de sete anos em prisão em virtude desses vazamentos. Atualmente, ela trabalha como consultora na área de segurança de dados para a Nym, uma empresa especializada em tecnologia para proteção da privacidade.

No debate "The Future of Privacy on the Net”, que teve a participação de Harry Halpin, CEO da Nym – que esteve em outra sessão no início do SXSW, com a brasileira Yasodara Cordova (leia aqui) –, a especialista afirmou que precisamos repensar como os dados estão trafegando pela internet. Essa é uma das questões que a preocupam. Afinal, os métodos para vigilância estão mais baratos, o que leva mais corporações a se tornarem habilitadas para coletar dados em grandes quantidades. “Tenho pensado bastante nisso. Tem alguma coisa muito errada”, disse.

Para Chelsea, não é justo esperar que o cidadão comum, que não tem conhecimento técnico, seja “obrigado” a virar um especialista em proteger suas informações. Isso porque está mais difícil evitar o rastreamento. Segundo ela, as pessoas não sabem qual conjunto de recursos é importante para se preservar mais ou quais são as ameaças que as rondam.

A cobertura do SXSW 2023 pelo Clubeonline tem patrocínio de Audaz, Brunch – Influência de Verdade, Ça Va, Modernista Creative Producers e Vandalo.

 

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