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51% dos usuários de smartphones recorrem a assistentes digitais
Quantas vezes você aciona o recurso de voz em seu celular durante o dia? Um estudo da iProspect mostra que a adoção desse tipo de tecnologia já corresponde a mais da metade da base de smartphones na América Latina. Chamada “Latin America finds its voice”, a pesquisa feita em cinco países - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México - aponta que 51% dos usuários recorrem a assistentes digitais. Por aqui, o índice é um pouco inferior: 49%.
Foram realizadas mais de quatro mil entrevistas online para entender a disseminação e o impacto da tecnologia de ativação por voz. Outro resultado indica que os latino-americanos fazem 46% mais buscas via assistente digital do que a média mundial. No Brasil, 41% das pesquisas nos celulares são feitas por voz. E na Colômbia o percentual é de 61%.
Dos entrevistados, 28% acessam o recurso pelo menos uma vez ao dia. Já entre os brasileiros o índice é de 27%, enquanto que o dos americanos é 22%.
Entre as razões para o uso dos assistentes digitais estão a rapidez (86%) e a facilidade de usar o recurso (50%), em vez de digitar. A conveniência é mais um fator (45%), em momentos em que não é possível escrever ou mesmo ler. A eficiência esteve em 36% das respostas.
Na batalha dos assistentes, quem está levando a melhor na América Latina é o Google, escolha de 73% dos consumidores. No país, o percentual de equipamentos com o sistema do Google é de 76%, enquanto que os usuários que consultam a Siri (Apple) são 16%.
O que mais leva as pessoas a acionar a tecnologia? Os resultados do estudo mostram que os usuários querem principalmente obter informações de algum estabelecimento comercial (78%). Outro objeto de interesse é encontrar o contato de um restaurante (75%). Orientações geográficas respondem por 64%, mesmo índice de ligar ou mandar mensagem para alguém. Notícias atraem 60% dos entrevistados. No top 10 das respostas estão ainda tocar música (56%), descobrir que filmes estão em cartaz nos cinemas (50%), achar uma receita, junto com criar ou cancelar um lembrete (39%) e fazer listas de compras (30%).
Casas conectadas e inteligentes também estão na mira. O número de lares ligados a um assistente digital doméstico ainda é baixo, mas há potencial de crescimento. Na América Latina, 27% dos consumidores contam com alguma tecnologia de voz nos equipamentos da casa. E 70% desejam ter o recurso. O Brasil é o que apresenta o mais alto percentual de home assistant, com 39%. Em abril, o Google montou uma casa conectada, em São Paulo, para apresentar uma lista com mais de 30 dispositivos que podem se ligar ao Google Assistente, que fala português para outros equipamentos, além dos celulares (confira aqui).
“Embora o desejo por assistentes virtuais domésticos seja grande, o grande vetor dessa tecnologia na América Latina são os smartphones, cuja penetração na região chega a 70%”, afirma Bruno Mosconi, diretor geral da iProspect Brasil. Segundo ele, é uma questão de tempo até que as plataformas procurem maneiras de monetizar o processo. Ou seja, as marcas devem realizar seus primeiros testes o quanto antes e se estabelecer no novo ambiente com menores custos.
A pesquisa indica quatro fatores importantes para a adaptação das marcas para a tecnologia de ativação por voz. Um deles é basear as estratégias em dados com o fim de entender efetivamente o que o cliente está buscando e qual é sua jornada de compra. Outro passo é tornar os conteúdos da marca adequados para interações de voz. “Ter uma abordagem de conteúdo para a voz é responder as perguntas e consultas que as pessoas têm e certificar-se de que essas informações são detectáveis pelas plataformas certas”, ressalta Mosconi. Nesse quadro, o FAQ torna-se fundamental para as consultas por voz.
O terceiro ponto é compreender que as marcas devem redefinir estratégias de usabilidade, envolvendo questões como a velocidade de carregamento de sites para dispositivos móveis, adaptabilidade do conteúdo para voz, geolocalização de informações e provimento de serviços e tarefas via comandos de voz. Também é necessário dar atenção ao e-commerce por meio de voz, que ainda está em fase inicial. Mais iniciativas nesse sentido devem ser deflagradas nos próximos 12 a 18 meses na região. Nos EUA, acredita-se que o “voice commerce” sairá dos atuais US$ 2 bilhões para US$ 40 bilhões em 2022.