Telinha

Marcos Mendonça, presidente da Fundação Padre Anchieta desde junho, disse que dispensou Mario Sérgio Conti do posto de mediador do Roda Viva porque seu salário era alto. Seu substituto, Augusto Nunes, segundo ele, ganhará um salário “bem menor”.

Mendonça nega que tenha dispensado Conti pelo fato de ele ter desmarcado entrevista que o jornalista já havia agendado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – depois reconvidado por Conti – para o programa que foi ao ar em 1º de julho.

O episódio que atribui a saída de Conti à entrevista de FHC foi relatado no último domingo (04) pelo jornalista Elio Gaspari no jornal Folha de S.Paulo.

Ao Estadão, Conti confirmou que a direção da TV Cultura desmarcou a entrevista com FHC. “Ela só foi feita porque convidei novamente o presidente”, concluiu.

“Mas eu não participei desse episódio”, reforçou Mendonça ao Estadão. “Isso deve ter ocorrido porque o Fernando Henrique iria um dia antes no Canal Livre, da Bandeirantes, e talvez a sua presença aqui, no dia seguinte, ficaria muito repetitiva, mas eu sou ligado aos tucanos, sou amigo do Fernando Henrique, jamais o desconvidaria para o que quer que fosse.”

Segundo Mendonça, a Fundação hoje tem um rombo de R$ 43 milhões.

Apesar da justificativa econômica dada por Mendonça, Conti tem contrato até setembro, o que demandará o pagamento de multa rescisória de pouco mais de um mês – o jornalista tem mais duas edições prontas para ir ao ar – quando o salário do novo âncora já estará valendo. 

As informações são de Cristina Padiglione, do Estadão.