Telinha

O governo da presidente Dilma Rousseff divulgou dados inéditos sobre a participação das principais TVs abertas no bolo publicitário estatal federal. A Globo continua à frente com folga, mas perdeu espaço nos últimos anos.

Em 2003, a emissora líder de audiência recebeu 61% de tudo o que o governo investiu em propaganda em televisão. Em 2012, o percentual recuou para 44%.

Esta é a primeira vez que o governo revela valores que cada emissora de TV recebe pela divulgação de publicidade estatal.

A Secom argumenta que o governo faz "mídia técnica" ao escolher os veículos. Por essa razão, citou de maneira explícita o caso das TVs.

Em 2003, a Globo teve 61% das verbas televisivas da administração federal e registrava audiência de 55,2%. Em 2012, o percentual caiu para 44% e a audiência também recuou para 43,7%. 

Os dados sobre gastos publicitários federais começaram a ser compilados com mais precisão a partir do ano 2000. De lá para cá, a TV Globo já recebeu R$ 5,86 bilhões. SBT e Record vêm muito atrás, com R$ 1,63 bilhão e R$ 1,57 bilhão, respectivamente. Hoje, a Record recebe anualmente mais do que o SBT.

No ano passado, o governo investiu R$ 1,80 bilhão em propaganda em todos os tipos de veículos. O recorde é de 2009 (R$ 2,04 bilhões).

Esse bolo é dividido em grande parte entre as TVs, com 62,6% do total em 2012. Os jornais impressos, que estavam num confortável segundo lugar em 2000 (21,1%), caíram em 2012 para 8,2%.



Revista e rádio ficaram estáveis, na faixa de 7% a 8%. Internet, que representava quase nada em 2000, hoje tem 5,3% do bolo total.

Leia a matéria da Folha na íntegra aqui.