The Slavery Cup

A agência Mojo Supermarket apresenta campanha que denuncia o tratamento oferecido pelo país anfitrião da Copa do Mundo, o Catar, aos trabalhadores migrantes.

Esta semana, no Estádio de Wembley, foi projetada a seguinte mensagem: “FIFA - Proud Sponsors of The Slavery Cup”. Simultaneamente, as projeções também apareceram no prédio das Nações Unidas em Nova York e em Shoreditch, Londres, chamando a atenção da FIFA e da ONU por permitir que o Catar usasse trabalho escravo para construir estádios para a Copa do Mundo.

A agência também está distribuindo milhares de "passaportes" em Londres e Nova York. Em cada passaporte estão 11 nomes, rostos e histórias de trabalhadores migrantes que morreram construindo os estádios da Copa do Mundo de 2022.

Os passaportes simbolizam milhões de trabalhadores migrantes do Paquistão, Índia, Sri Lanka, Bangladesh e outros que vieram para o Catar para trabalhos de construção, mas tiveram seus passaportes confiscados e, por sua vez, foram escravizados para construir os estádios da Copa do Mundo em condições difíceis. Estima-se que 15 mil deles morreram, muitos dos quais tiraram a própria vida.

A campanha pode ser acompanhada no Instagram seguindo a hashtag @TheSlaveryCup e as pessoas também podem fazer doações para ajudar a levar os trabalhadores migrantes de volta para suas casas e ler histórias de alguns deles, aqui.

"Queríamos não apenas chamar a atenção da FIFA, do Catar e das Nações Unidas por sua responsabilidade e negligência, mas também fazer com que os torcedores de Londres e Nova York vissem rostos por trás dessas estatísticas. Estas são as pessoas migrantes que morreram. O objetivo da Slavery Cup é trazer rostos e nomes a essas estatísticas para o ocidente e reunir pessoas para doar para ajudar aqueles que ainda estão presos no Catar a voltar para suas famílias", declara Mo Said, fundador e diretor criativo da Mojo Supermarket.

Leia anterior, sobre campanha do Brechó do Futebol, que denuncia o preconceito contra a comunidade LGBTQIA+ no Catar, aqui.