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Evento destaca 5 trilhões de buscas/ ano e 4 ações do consumidor
O Google Brasil abriu alguns números pela primeira vez para abordar a evolução da jornada do consumidor no último ano durante o Think with Google, seu principal evento de negócios, realizado nesta terça-feira, 25, em São Paulo. Um deles é o total de buscas no search no ano passado: 5 trilhões. Ao falar das transformações do brasileiro em seus hábitos de consumo de mídia e no commerce, a big tech distinguiu quatro comportamentos conectados a estes tempos: streaming, scrolling, searching e shopping.
Essas ações, chamadas de “Os quatro S”, mostram como o comportamento do consumidor está mais fluido, o que vem sendo ditado pelos avanços tecnológicos dos anos mais recentes. A maneira de interagir com as informações é multimodal, alternando entre ações e dispositivos. Trata-se de um fenômeno global. E vale observar que os quatro comportamentos categorizados também podem acontecer simultaneamente.
De acordo com o Google, em média, os consumidores interagem com mais de 130 pontos de contato móveis por dia, que vão desde navegar pelo Instagram até comprar um produto na web, passando por comentar no LinkedIn, responder um e-mail, pesquisar uma receita no Google e ouvir música no Spotify.
No caso do comportamento ligado ao streaming, a empresa aponta que o setor envolveu uma das maiores mudanças na vida do consumidor nos anos mais recentes. Afinal, antes da pandemia, estávamos acostumados à TV linear. Com o streaming, o mercado mundial de conteúdo teve um grande impulso e hoje estamos conectados a diferentes plataformas, que oferecem entretenimento e informação sob demanda.
A gigante tecnológica ressalta que streaming é mais do ver filmes. Significa consumo de conteúdo contínuo e personalizado, o que inclui o YouTube e a TV conectada (TVC), que já está presente em 60% dos lares brasileiros, conforme dados da Kantar Ibope Media.
Segundo Gustavo Souza, diretor de produtos publicitários do Google Brasil, a plataforma de vídeos da big tech lidera a indústria de streaming no mundo. No Brasil, do total de consumo de mídia nas TVC, 57% se referem ao YouTube, segundo a Kantar. Globalmente, as pessoas assistem a mais de um bilhão de horas de YouTube por dia em suas televisões.
Dentro desse comportamento, o Google destaca os podcasts e as transmissões esportivas, que ganham mais aderência. Um exemplo de sucesso é a Cazé TV. Entre os podcasts, o Podpah é um dos mais famosos. Souza pontua que 80% do tempo no YouTube são dedicados a criadores e que um bilhão de usuários no mundo consomem podcasts na plataforma. Entre a geração Z, 84% preferem os videocasts.
Quanto à publicidade, a TV linear domina no país. A TVC traz novas oportunidades para os anunciantes já que as experiências de streaming são interativas, permitindo que os consumidores transitem de modo fluido e rápido da descoberta à tomada de decisão. Além disso, ferramentas de IA permitem personalizar as mensagens.
Scrolling
Outro comportamento profundamente ligado aos novos tempos é o scrolling – ou rolar o dedo pela tela na navegação online. Um ponto que chama atenção é como boa parte do conteúdo consumido está nos vídeos. Não quer dizer que o usuário tem a intenção imediata de comprar enquanto navega. Mas, em função do que vê – ou do criador que acessa –, um produto ou uma recomendação desperta seu interesse.
O Google joga luz sobre o YouTube Shorts, formato que conta com 2 bilhões de pessoas ativas por mês no mundo e mais de 70 bilhões de visualizações por dia. Esse último número mais que dobrou nos últimos dois anos.
Um dado brasileiro, parte de um estudo encomendado pelo Google à empresa de pesquisa Material, mostra que 85% dos usuários do YouTube Shorts afirmam que descobrem no formato coisas de que gostam e que, em seguida, buscam as versões mais longas desse conteúdo na plataforma de vídeo.
É importante notar que o conteúdo do YouTube Shorts também está sendo consumido na televisão, mesmo ele sendo vertical. Isso demonstra como o alcance do vídeo se amplia em diferentes dispositivos.
Searching
Os mecanismos de search são predominantes em todas as gerações, comenta o Google. Como informado anteriormente, foram 5 trilhões de buscas realizadas na plataforma da big tech no ano passado. As novas maneiras de descobrir coisas ou serviços enriquecem os resultados para os usuários. Com a inteligência artificial, as pessoas fazem novos tipos de perguntas. E soluções como Visões Gerais Criadas por IA (ou AI Overviews) e o Google Lens são exemplos de inovação.
O Lens – que se baseia em imagens – já é usado para mais de 20 bilhões de consultas de pesquisa todos os meses. A ferramenta é utilizada para buscas associadas a moda, entre outras áreas, ou para encontrar produtos que aparecem com criadores.
Segundo Souza, cada vez mais os usuários fazem buscas no Google enquanto navegam pelas redes (scrolling). As pesquisas também estão mais detalhadas. E há uma característica que se mantém ao longo dos tempos: de todas as buscas feitas em um ano, 15% são de coisas absolutamente novas. Esse percentual persiste.
Shopping
Os consumidores têm utilizado as plataformas de forma híbrida. Podem acionar um mecanismo de busca e procurar um vídeo que recomende o uso de um produto. Segundo a big tech, em 65% das jornadas de compra mais de uma plataforma foi usada (o que envolve o search e o YouTube). E 83% dos usuários da geração Z recorrem ao Google para fazer compras.
Em termos globais, as pessoas compram mais de um bilhão de vezes por dia na Pesquisa Google. No YouTube, os criadores são importantes referências para as decisões de compra.
Clube de Criação 50 Anos