TikTok nos EUA

O presidente Joe Biden sancionou nesta quarta-feira, 24, um projeto de lei aprovado na véspera pelo Senado, que pode banir o TikTok do país se a ByteDance, companhia chinesa dona do app, não vender 81% de seus ativos a um comprador do país. 

Na mesma sessão do Senado, foram aprovadas ajudas à Ucrânia, Israel e Taiwan, aliados do governo.

Antes disso, o projeto foi aprovado na Câmara, ocasião em que o TikTok se manifestou, lamentando a decisão e dizendo que a proposta, se sancionada pelo governo, "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de norte-americanos".

De acordo com a lei, a ByteDance tem 270 dias para transferir o comando da plataforma de vídeos. Com a sanção de Biden, o limite para a companhia vender a maior parte de seu negócio seria o dia 20 de janeiro de 2025. Há possibilidade de o prazo ser adiado por mais 90 dias.

Quem defende a lei aponta que a relação entre o governo chinês e a ByteDance pode ser uma ameaça à segurança dos EUA. Christopher Wray, um diretor do FBI que foi ouvido no Congresso estadunidense, declarou que o app, “em última análise, está sob o controle do governo chinês”.

Outro ponto que chama atenção é a maneira como o TikTok se tornou importante fonte de informação nos EUA. Segundo o New York Times, cerca de um terço da população com menos de 30 anos busca notícias regularmente na rede.

Durante o governo de Donald Trump, a plataforma também esteve na mira e foi cogitado o banimento da empresa do país. Na época, o WeChat, também chinês, esteve igualmente no alvo. Trump acusava as companhias de fazerem espionagem, atentando contra a privacidade dos usuários norte-americanos (relembre aqui).