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Companhia processa governo dos EUA
Ameaçado de ser banido pelo presidente dos EUA Donald Trump, o TikTok resolveu revidar de forma contundente. Entrou com uma ação nesta segunda-feira, 24, na Justiça Federal do país para contestar os esforços do governo. O movimento foi publicado no blog da companhia de origem chinesa.
Trump vem fechando cerco em torno da plataforma por julgar que a empresa faz espionagem para o governo chinês, transferindo dados dos usuários americanos de forma ilegal. O TikTok não está sozinho nesse imbróglio. O presidente também se voltou contra o WeChat, da chinesa Tencent, alegando questões de privacidade e segurança. Por sinal, na mesma segunda-feira um grupo de apoiadores da companhia (WeChat User Alliance) foi aos tribunais contra a administração Trump em virtude da ameaça de banimento.
No caso do TikTok, a companhia ressalta que tentou entrar em acordo com o governo, mas Trump assinou uma ordem executiva no dia 06 de agosto dando um prazo de 90 dias para a operação ser vendida. Se isso não ocorrer até 12 de novembro, conforme consta no documento, a empresa será banida.
No final de julho, a Microsoft começou a negociar com a ByteDance, dona do TikTok, a aquisição do negócio, primeiramente para ter controle da empresa em quatro países: EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia (leia aqui e aqui). Depois, circulou a notícia de que as tratativas passaram a ser de aquisição global (aqui). A Oracle também estaria negociando com a ByteDance para a aquisição da operação nos mesmos quatro mercados pretendidos oficialmente pela Microsoft.
Mas o TikTok decidiu que não poderia deixar a ameaça de Trump sem reposta. “Agora é a hora de agirmos. Não tomamos a decisão de processar levianamente. Mas sentimos que não tínhamos escolha a não ser tomar medidas para proteger nossos direitos e os direitos de nossa comunidade e de nossos funcionários”, publicou a companhia, que recentemente lançou "a maior campanha de sua história" (confira aqui)
O TikTok afirmou no post que 100 milhões de americanos recorrem ao aplicativo em busca de entretenimento, inspiração e conexão. Contou que tem mais de 1.500 funcionários nos EUA, onde planeja criar mais de dez mil empregos em diferentes regiões (Califórnia, Texas, Nova York, Tennessee, Flórida, Michigan, Illinois, Washington). “Muitas das principais marcas do país estão no TikTok para se conectar com os consumidores de forma mais autêntica e direta do que em qualquer outro lugar”, completou.
Segundo a companhia, a ordem executiva de Trump “tem o potencial de retirar os direitos daquela comunidade sem qualquer evidência que justifique tal ação extrema”. O TikTok pontuou que discorda “veementemente da posição do governo” de que o aplicativo seria “uma ameaça à segurança nacional”.
Os detalhes da ação contra o governo Trump estão aqui.