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Lista da Forbes Brasil representa quem?
A Forbes Brasil divulgou nesta terça-feira, 27, sua primeira Forbes Top Creators, lista que foi lançada em 2022 pela revista nos EUA.
Trata-se de uma seleção com os “10 maiores nomes das redes sociais que souberam transformar em novos negócios sua visibilidade como influenciadores”, conforme informa o site.
A lista Top Creators Brasil, capa da edição 117, nasce contudo sendo contestada: estamos em 2024, no Brasil, país onde a maioria da população é negra, onde há inúmeros creators pretos bombando, mas os dez relacionados são todos brancos:
Bianca Andrade (Boca Rosa), Enaldinho, Flavia Pavanelli, Jade Picon, Larissa Manoela, Lucas Rangel, Maisa Silva, Tata Estaniecki, Whindersson Nunes e Virginia Fonseca.
Que tal a grandeza de Kondzilla, Nath Finanças, Gil do Vigor, Camilla de Lucas, Tia Má, Hugo Gloss, Anderson Profeta, Raphael Vicente, Tássio Santos (Herdeira da Beleza) e tantos outros nomes pretos e poderosos nas redes?
A falta de representatividade gerou muitas críticas, principalmente na internet.
Segundo a Forbes Brasil, a lista é “um reflexo cristalino do meteórico modo de fazer fama e fortuna em nossos dias, transformando a popularidade nas redes em influência e em negócios extremamente bem-sucedidos”.
O site Mundo Negro, um dos críticos da lista, afirmou que “a edição chocou o público pela ausência de personalidades negras e escancarou também a ausência de oportunidades para influenciadores negros na mídia e – principalmente – na publicidade”.
"Muitos criadores negros, por exemplo, transformaram sim sua audiência em influência, mas isso não significa que conseguiram criar novos negócios e transformar sua influência em muito dinheiro. Não à toa, conheço creators com audiência consideradas pequenas, mas que faturam muito mais do que aqueles com grandes números de seguidores. O nome disso é mentalidade empreendedora. É negócio! (...) Você como criador de conteúdo pode ser bom e incrível. Mas talvez não tenha negócios e não tenha construído fortuna a partir da sua influência. E sim, o racismo está exatamente aí. As métricas que a Forbes e outros veículos utilizam para reconhecer determinados segmentos nunca estarão olhando as disparidades raciais, de gênero e sociais. E enquanto isso, o racismo vai nos adoecendo", destacou a empresária e jornalista Monique Evelle, em texto publicado nas redes.
Indígenas, amarelos (não se assuste, esta é uma reivindicação deles próprios) , PCDs e outras minorias também passaram longe da lista da Forbes.