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Executivos da Gregory são processados
A grife de roupas feminina Gregory está sendo acusada de utilizar o serviço de profissionais bolivianos em condições de trabalho análogas à escrava.
A Justiça Federal em São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Com isso, Antonio Matos Duca e Delmira Matos Duca Giovanelli, representantes legais da confecção, além de quatro proprietários das oficinas de costura usadas pela marca, tornaram-se réus.
O MPF em São Paulo afirma que as oficinas de costura (localizadas em SP) eram contratadas por fornecedores diretos da Gregory para a confeccionar suas peças de vestuário.
Segundo o MPF, trabalhadores bolivianos eram submetidos a condições degradantes naqueles locais, com jornadas que variavam de 14 a 17 horas diárias e até restrição de locomoção, uma vez que eles só podiam deixar a oficina mediante autorização prévia.
Em comunicado ao jornal Valor Econômico, a Gregory se posicionou dizendo que "repudia toda forma de exploração do trabalho e que seus sócios ainda não tinham conhecimento do recebimento da denúncia na ação penal citada". A empresa acrescentou que "desconhecia o problema" e que os fornecedores da marca contratavam "outras confecções sem autorização ou conhecimento" da companhia.
Outras grandes empresas varejistas foram denunciadas nos últimos anos por se envolverem em casos de trabalho análogo ao escravo, no Brasil. Dentre elas, a marca de roupas espanhola Zara (Inditex) e a M5 Indústria e Comércio Ltda, dona da marca M.Officer. A grife Le Lis Blanc também esteve envolvida em denúncia, bem como a GEP Indústria e Comércio, empresa que detém as marcas Luigi Bertolli, Cori e Emme.
Leia sobre a campanha global "50 For Freedom", lançada em maio e criada pela Nova/SB para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), contra a "escravidão moderna", aqui.
Com informações da Agência Brasil e jornal Valor Econômico.