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Trabalho escravo

'Lista suja': maior inclusão de nomes na base de dados

06.10.23

O governo federal divulgou nesta quinta-feira (5) a atualização dos nomes de empregadores responsabilizados por mão de obra análoga ao trabalho escravo, chamada de "lista suja".

204 novos nomes, incluindo o da Cervejaria Kaiser, do grupo Heineken. A empresa afirmou, em nota, que respeita a legislação e mobilizou-se para apoiar os trabalhadores. Há também três restaurantes de comida japonesa no município de São Paulo.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a atualização, o cadastro totaliza 473 empregadores autuados nos últimos anos e incluídos após exercerem o direito de defesa em duas instâncias na esfera administrativa e trata-se do "maior número já registrado de entradas de pessoas físicas e jurídicas na base de dados".

A lista foi lançada há quase duas décadas e é atualizada semestralmente. Dentre as atividades econômicas mais comuns entre os empregadores incluídos na atual versão estão a produção de carvão vegetal (23), a criação de bovinos para corte (22), os serviços domésticos (19), o cultivo de café (12) e a extração e britamento de pedras (11).

Minas Gerais tem o maior número de empregadores incluídos (37), seguido por São Paulo (32), Bahia e Piauí (14), Maranhão (13) e Goiás (11).

A ação fiscal que levou à inclusão da Kaiser ocorreu em março de 2021. Auditores fiscais fizeram uma inspeção na Transportadora Sider, em Jacareí (SP) e Limeira (SP), e resgataram 23 trabalhadores. Durante as investigações, constatou-se o vínculo entre a transportadora e a Kaiser.

Confira a relação completa dos empregadores que integram a "lista suja", aqui.

Com informações da ONG Repórter Brasil. O jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto, diretor da entidade, esteve conosco na edição de 2023 do Festival do Clube de Criação, na mesa  "O Trabalho Escravo Contemporâneo e a Responsabilidade das Marcas", leia aqui.

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