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Receita cresce 3%, mas impacto da covid-19 afeta publicidade
Depois do Facebook, o Twitter. A rede divulgou seu balanço do primeiro trimestre nesta quinta-feira, 30, reportando alta de 3% na receita, sobre o mesmo período do ano passado, e aumento de 24% no número de usuários com atividade diária monetizável – para o qual adotam a sigla mDAU (monetizable daily active users). A base chegou a 166 milhões. Esse índice foi o maior relatado na análise ano a ano.
A receita foi de US$ 808 milhões no primeiro trimestre, superando estimativas de analistas que apontavam US$ 776 milhões. A crise da covid-19 afetou negócios dos perfis mais variados, mas, no caso do Twitter, a pandemia alimentou diversas conversas que se estabeleceram na plataforma. Ao menos, neste primeiro momento. Não se sabe o que acontecerá quando as medidas restritivas de circulação forem suspensas.
"Neste momento difícil, o objetivo do Twitter está se mostrando mais vital do que nunca. Estamos ajudando o mundo a se manter informado e fornecendo uma maneira única de as pessoas se unirem para ajudar ou simplesmente para se entreterem e lembrar umas às outras de nossas conexões”, declarou Jack Dorsey, CEO do Twitter, em comunicado.
A receita de publicidade foi de US$ 682 milhões, aumento de aproximadamente US$ 3 milhões em comparação ao ano passado. O trimestre teve dois momentos distintos: de janeiro a início de março (com desempenho esperado, com força nos EUA e resultados fracos na Ásia em virtude do novo coronavírus), e início de março até o final do trimestre, quando a pandemia se tornou global.
Em fevereiro, o Super Bowl gerou tráfego recorde de anúncios nos EUA. Mas depois, com o cancelamento de muitos eventos entre 11 e 31 de março, a receita total de publicidade caiu cerca de 27% na análise ano a ano.
Segundo o relatório (cujas detalhes podem ser vistos aqui), a desaceleração de março foi particularmente acentuada nos Estados Unidos. Na Ásia, a publicidade começou a reagir quando as medidas de restrição passaram a impactar na curva de contágio, o que permitiu posteriormente a retomada gradual dos movimentos nas cidades.
Analista sênior do eMarketer, Jasmine Enberg declarou em comunicado que os resultados do Twitter foram uma "surpresa positiva", com os ganhos de janeiro e fevereiro compensando parcialmente a queda na receita relacionada à covid-19.
Porém, segundo Jasmine, "os negócios de publicidade do Twitter são fortemente direcionados a eventos”. Diante da suspensão das principais ligas esportivas a partir de março, o desempenho publicitário é prejudicado. Esse impacto continuará a ser sentido até que as competições - e outros eventos ao vivo - sejam retomadas.
O Facebook reportou crescimento de 17% na receita publicitária no primeiro trimestre, mas a companhia alerta para potencial de contração severa nos próximos meses. Leia sobre balanço da rede aqui.