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F.biz investiga mudanças de comportamento e efeitos da Covid-19
A F.biz faz uma análise das mudanças de comportamento humano e os efeitos da Covid-19 em diversos setores da economia, por meio do estudo Viramundo.
A pesquisa levou em consideração o passado, analisando quais hábitos da população foram modificados e como os comportamentos evoluíram em outros períodos históricos, e o presente, debruçando-se sobre 260 estudos, 680 artigos, 190 notícias, nove teses acadêmicas e mais de um milhão de menções nas redes sociais, para traçar insights e tendências para o futuro, avaliando a possibilidade de repetição de padrões ou de rupturas.
"Com o início da quarentena, começamos a acompanhar as mudanças de comportamento das pessoas e a entender como elas estão impactando nosso mercado. Com muitas discussões que tivemos dentro da célula de Insights, percebemos que era importante recorrer às mudanças que ocorreram no histórico de pandemias e crises, somando a dados sobre o comportamento atual, para traçar tendências neste cenário pós-pandemia", ressalta Amanda Gasperini, diretora do hub de Inteligência da F.biz.
O estudo destaca que a pandemia não é democrática: em relação à classe social, o risco de morrer de Covid-19 é até 10 vezes maior em bairros menos favorecidos economicamente (segundo a Prefeitura de São Paulo), 34 milhões de pessoas não possuem acesso à água encanada no Brasil e 40% da população mundial não têm acesso a água e sabão.
Sobre a questão de gênero, as mulheres sofrem maior impacto com a pandemia, uma vez que 70% dos profissionais do setor social e de saúde são do sexo feminino (segundo a OMS) e foi registrado um crescimento de 50% na violência doméstica durante confinamento (de acordo com o Instituto Maria da Penha).
O Viramundo também investigou como as pessoas reagiram no Brasil com a Covid-19, em comparação com as outras crises que já vivenciadas no país. Após a primeira confirmação de caso no país, o "índice de comoção" (indicador que atribui pesos para oito pilares e quantifica a dimensão das tragédias e dos fatos analisados) já estava acima dos apurados com os rompimentos das barragens no Brasil e com a dengue. Em um mês, o índice referente ao coronavírus estava cinco vezes maior.
Sobre a evolução da percepção das pessoas com relação ao cenário da pandemia ao longo da quarentena, a pesquisa indica que na primeira e na segunda semanas, os brasileiros começaram a entender o significado do confinamento e o impacto que ele teria em suas vidas. Esse foi o período em que as notícias tiveram maior influência na percepção dos consumidores, de acordo com o estudo.
Na terceira semana, a preocupação foi o principal sentimento dos brasileiros. Nas semanas quatro, cinco e seis, as pessoas estiveram mais em busca de válvulas de escape. Neste período, as lives estiveram bastante em alta na rotina dos brasileiros e houve um aumento de pesquisas por novos eventos. Nessa fase, as pessoas estavam mais adaptadas à vida na quarentena, mas as necessidades, como cortar ou tingir o cabelo, começaram a ficar mais evidentes.
Nas últimas duas semanas, com a prorrogação da quarentena em alguns Estados e o Dia das Mães, a pesquisa identificou que, em geral, intensificou-se a angústia entre as pessoas. Muitos internautas manifestaram nas redes sociais sua vontade de estar com as famílias nesse período.
Amanda Gasperini vai apresentar os dados do estudo antes de debates com executivos do mercado, em lives promovidas pela F.biz. Uma das discussões será sobre "Tendências de Educação e Alimentação", na próxima, quarta-feira, às 17h, com Marina Fernie, vice-presidente de marketing da Danone, e Daniel Castanho, presidente do conselho de administração e chairman da Ânima Educação. "Tendências de Dinheiro e Transporte" será na quinta (28), também às 17h, com a participação de Fred Battaglia, CMO da FCA, e de Pethra Ferraz, diretora de marketing da XP. Já no dia 3 de junho, às 18h, serão debatidas "Tendências de Bem Estar, Trabalho e Comunicação", com Lucas Ceschin, CEO da James Delivery, e Eduardo Campanella, vice-presidente de marketing da Unilever.
Para participar das lives, preencha o formulário aqui.