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NY Times compra jogo que virou mania nas redes
Dono de um repentino sucesso – e já com direito a imitações – o jogo online gratuito Wordle, em que é preciso adivinhar todos os dias uma palavra de cinco letras, foi comprado pela The New York Times Company. Anunciada nesta segunda-feira, 31, a aquisição “reflete a crescente importância de jogos, como palavras cruzadas e Spelling Bee, na busca da empresa de aumentar as assinaturas digitais para 10 milhões até 2025”, informou o jornal.
O Wordle foi criado por Josh Wardle, um engenheiro de software no Brooklyn. O nome é um trocadilho com seu sobrenome. Ele vinha se dedicando muito à área de games do jornal, como as palavras cruzadas, durante a pandemia. E, assim, decidiu desenvolver seu próprio jogo de palavras.
O valor do Wordle foi negociado por algo “na casa dos sete dígitos”, segundo o NY Times. A companhia disse que o jogo permanecerá inicialmente gratuito para usuários novos e existentes.
Disponível desde outubro do ano passado em um site que não exibe anúncios, o Wordle tinha 90 usuários em 1º de novembro. Em meados de janeiro, os jogadores chegavam a 300 mil. Atualmente, de acordo com o jornal, são milhões tentando solucionar diariamente a palavra misteriosa.
A mecânica do Wordle é simples – e ela tem sido copiada por diversos jogos (no Brasil há alguns, em português). É preciso preencher o espaço das cinco letras e tentar acertar o termo do dia. As letras se iluminam com cores diferentes se estiverem na exata posição, se são necessárias para a palavra, mas estão em lugar diferente ou se não fazem parte do vocábulo. São seis possibilidades de acerto.
O resultado pode ser compartilhado pelo Twitter, o que aumentou muito sua popularidade. Ele aparece como blocos com as cores definidas em função do acerto (ou não) das letras, sem revelar qual é a palavra. Desse modo, é possível saber quantas letras o jogador acertou na primeira rodada e se elas foram em cima ou estavam em lugar errado, além de informar quantas tentativas foram feitas para se ganhar o jogo do dia.
Desde que o NY Times estabeleceu seu paywall em 2011, a estratégia de negócios do grupo gira em torno de persuadir leitores e usuários a fazer assinaturas. A grande maioria acaba por pagar por conteúdo digital. O modelo tradicional de negócios do jornal é centrado na publicidade.
O jornal vende assinaturas da edição impressa e de seu principal aplicativo de notícias. São cerca de 8,4 milhões de assinantes, declarou. Também oferece assinaturas de um app de jogos (Games) e um app de receitas (Cooking), ambos com mais de um milhão de usuários. Desde o ano passado, conta ainda com o Wirecutter, site de recomendação de produtos adquirido pelo Times. Neste mês, a companhia investiu US$ 550 milhões para comprar o site de notícias esportivas The Athletic, que tem 1,2 milhão de assinantes.